“Atletas de elite só correm na ponta dos pés” (Eles disseram…)
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“Aterrissar com o calcanhar é errado, perde desempenho”. (Eles disseram…)
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“Se não comprar o tênis X, de pronador ou supinador, vai machucar”. (Eles também disseram…)
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Quem nunca? 🤷♂🤷♀ Essas frases do “mundinho running” engessam de que corrida só pode ser de um jeito 😢. O que tem de atleta tentando mudar bruscamente sua biomecânica INDIVIDUAL por palpite de “runner influencers” e dando trabalho aos seus treinadores e fisioterapeutas, não tá no gibi. 😤 & 😡
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ESTILO IDEAL é uma coisa, ESTILO POSSÍVEL é outra totalmente diferente. Sua dinâmica com altura, relação membros inferiores x tronco, histórico de mobilidade, etc, não obrigatoriamente tem a ver com os padrões laboratoriais que definem COMO É O JEITO “CERTO” de correr.
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Não adianta ver o padrão laboratório Vaporfly NASA Oxford determinar a passada/pisada perfeita pra correr de um jeito, e você brasileiro Kichute Raiz querer imitar exatamente o que “Eles disseram…” Corrida é INDIVIDUALIDADE e particularidades.
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Quem de nós outros 7 bilhões de mortais tem a petulância de dizer que a mecânica do campeão HAILE GEBRSELASSIE correria melhor se o braço esquerdo fosse simétrico ao direito? Mas devido ao hábito na infância de correr para a escola carregando livros debaixo do braço forjou um estilo pessoal POSSÍVEL de correr e não o IDEAL/PERFEITO. Não houve educativo (e a escola etíope trabalha com muitos) que mudasse isso.
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Então pára de achar que “estudos científicos” vão mudar de susto o mundo real… principalmente o seu. Correr é um gesto natural, a criança demonstra nos primeiros meses após aprender a andar. O que acontece, é que a vida cada vez mais sedentária, molda seu padrão locomotor e mudar isso da noite pra o dia é loucura.